
Depois de mais um interregno, aqui volto para tentar reactivar este espaço, com um poema de António Sem
Hoje
Não sou Poeta
Sou vagabundo
Hoje
Não faço versos
Sou cicatriz aberta
Hoje
Não tenhgo a Lua
Nem sou estrela
Hoje
Nada sou sem Ti
Este lugar destina-se a partilhar alguns momentos de reflexão com os meus amigos. Como sou eclético também pode ser espaço de acolhimento aos inimigos(se os tiver, claro!)...
A ti Tagus, eu quero agradecer
A noite linda que me deste p'ra nascer
A companhia com que te pude ter
A inspiração com que te estou a rever
O sussurro dos teus ruídos
Das gotas que teimam em beijar as margens
Os aromas que transportas
E com que perfumas os teus percursos
A inconstância das formas que desenhas
Que preenchem horas sem fim o nosso imaginário.
Toda a envolvência com que nos abraças
E nos transportas ao acolhedor ventre materno.
Como te olhei em noite rica
Em que a escuridão nos rodeou
Me fez viajar parado
Por todo o percurso de tantos anos!
Tu? Tens mais, e estás viçoso!
As tuas fraquezas não as deixas ver
Como eu gostava de as perscrutar......
Na vã esperança de aprender a não as ter
E toda a luz que em ti vi reflectida
Quais estrelas em terráqueo firmamento
Pontos de esperança, cintilares de feitos
Mas também luzes de sofrimento....
E Tu?
Sempre correndo ao ritmo do tempo...
Ora p'ra cima num recolhimento
Ora p'ra baixo, em busca de um encontro
Com o teu mar, a quem te queres juntar
É a lição dessa variância
É a beleza da tua suavidade
Entrecortada com a força da tua extravagância
Que quando longe...... nos deixa saudade.
E em momentos de grande felicidade
Em que queremos festejar
Entre amigos de verdade
Tu..... passarás sempre a estar!